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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Arte | Como os artistas usam a cor

Na Natureza e na arte, a cor produz um efeito profundo sobre o observador. Os artistas podem escolher usar a cor de forma naturalista - reproduzir as cores que viram numa paisagem, por exemplo. Está convencionado que a relva é verde e a água azul, mas um exame atento revela que são constituídas por várias cores diferentes.

Contudo, os artistas não têm de imitar as cores que vêem no mundo físico. Tanto na pintura figurativa como na pintura abstracta, a cor pode ser usada pela sua beleza decorativa, para criar um estado de espírito, para expressar ou despertar uma emoção. Pode também ser usada simbolicamente.






Experimentar Emoções


Expressões como "ver tudo negro" ou "futuro cor-de-rosa" surgiram porque a cor tem um efeito emocional independentemente do tema do quadro. Para Wassily Kandinsky, um dos grandes nomes da arte abstracta, os artistas deviam usar a forma e a cor não para copiar objectos, mas sim para exprimir emoções e despertar sentimentos no observador. Não são as cores primárias e terciárias, como o castanho, que é uma mistura de cores secundárias e primárias, também afectam o observador, embora de forma mais subtil.


Improviso 19, Wassily Kandinsky, 1911
Esta composição está dividida de modo que o lado esquerdo se refira à vida terrena e o direito à vida espiritual. O lado direito é dominado pelo "celeste" e "tranquilo" azul.



Criar Impacto


As cores que estão próximas umas das outras no círculo cromático harmonizam-se quando o artista as coloca lado a lado num quadro. Para o efeito oposto, destacar uma cor, o artista pode usar cores complementares. Os impressionistas e os artistas modernos exploram de forma deliberada o impacto visual das cores opostas, mas os pintores já aplicavam instintivamente as complementares séculos antes de a teoria ser conhecida.



Argenteuil, Claude Monet, c. 1872-75

O brilho sempre diferente da luz sobre a água fascinava Monet, que usou a teoria de Chevreul (Roda das Cores) para recriar o que via. Desafiou a convenção das folhas verdes e do céu azul, preferindo pintar as cores que via, incluindo sombras vivamente coloridas.




Distância



Um dos modos pelos quais o artista cria a ilusão de espaço numa tela plana é a perspectiva aérea (ou atmosférica). Os objectos distantes surgem cada vez mais claros e azuis, porque os comprimentos de onda menores atravessam a atmosfera mais facilmente. Os artistas podem aplicar esse princípio usando azuis e cinzentos para dar profundidade às paisagens. Também resulta para transmitir a ideia de distância em espaços mais fechados.



The Fighting Temeraire, William Turner,1775-1851

Na paisagem, Turner explora a tensão oposta das cores quentes e frias. Os dourados quentes do primeiro plano avançam e os azuis enevoados recuam rumo ao horizonte.





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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Livros | O Santuário Perdido


Título: O Santuario Perdido


Autor: Raymond Khoury


Editora: Editorial Presença


Sinopse: Nápoles, Novembro de 1749: um homem é atacado a meio da noite por estar na posse de um segredo que consumiu toda a sua vida. Bagdade, Abril de 2003: um batalhão do exército norte-americano descobre um cenário macabro na cave de um homem conhecido por hakeem, o médico. Sul do Líbano, Outubro de 2006: a arqueóloga Evelyn Bishop é raptada pouco depois de ter visto as fotos de uma série de valiosas antiguidades. Qual a ligação entre estes acontecimentos? Num ritmo febril e ambicioso, Raymond Khoury traz-nos um thriller repleto de acção e referências históricas que constituirá uma leitura empolgante.

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Livros | As Virgens de Vivaldi



Título: As Virgens de Vivaldi


Autor: Barbara Quick


Editora: Editorial Presença


Sinopse: As Virgens de Vivaldi traz-nos a Veneza barroca, esplendorosa e decadente, de inícios Setecentos, la Sereníssima, num fresco luminoso e negro de uma sociedade marcada pela festividade exuberante do espírito carnavalesco e pelo peso castrador de uma mentalidade arreigadamente puritana. E é através do olhar de Anna Maria - uma das muitas jovens acolhidas pelo Ospedale della Pietà, virtuosa do violino e aluna predilecta do grande maestro Vivaldi - que podemos observar esse fresco, que ficamos a conhecer a sua fascinante história de vida, o quotidiano dentro das paredes do Ospedale, as intrigas da Veneza do século XVIII e um pouco do legado musical e da vida do próprio Vivaldi.

sábado, 25 de setembro de 2010

Arte | Alexa Meade


Hoje o Arte ou Livros dá destaque a uma artista de Washington, que através de uma junção de técnicas e meios artísticos desenvolve um novo conceito de obra de arte.


Alexa Meade, de 23 anos, desenvolve uma técnica maioritariamente através de acrílicos que faz cenários e intervenientes de três dimensões parecerem de duas dimensões.
Autenticas pinturas vivas, as imagens captadas por Alexa transformam-se em espectaculares pinturas expressionistas contemporâneas.
Licenciada em Ciência Política, em 2008 fez parte da equipa de imprensa da campanha de Barack Obama. Ao contrário do que possa parecer, só há pouco mais de um ano, quando terminou de estudar, é que despertou para a sua paixão artística.


Para uma apresentação do portefólio desta artista inspiradora, dêem uma lavagem ao vosso espírito e sensibilidade à cor e à vida através das suas obras.




















http://www.alexameade.com/

www.facebook.com/alexameade

Livros | O Segredo de Copérnico

Título: O Segredo de Copérnico

Autor: Jean-Pierre Luminet

Editora: Editorial Presença

Sinopse:

Sob a forma de uma biografia romanesca, O Segredo de Copérnico permite-nos descobrir aspectos da pessoa que se esconde por trás da figura deste extraordinário pensador e da sua vida. No início do século XVI, em Cracóvia, Copérnico vive numa época controversa, exercendo as suas múltiplas funções de astrólogo, médico e de homem da Igreja. Ainda assim, Copérnico prossegue as suas investigações sobre a organização do Cosmos, tal como a haviam estabelecido Ptolomeu e Aristóteles séculos antes, derrubando-a e colocando o Sol no centro do nosso Universo. Este romance pinta com forte colorido uma época de grandes mudanças, iluminando os debates teológicos e científicos de então.

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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Livros | A Elegância do Ouriço


Sinopse: Este romance a duas vozes alternadas decorre num edifício situado num bairro rico de Paris e habitado por uma burguesia rica e snobe. Renée é uma porteira de 54 anos, cultíssima e autodidacta. Porém esconde-se por detrás da figura humilde que todos esperam ver numa porteira e fá-lo com um humor satírico. Paloma é uma adolescente superdotada de 12 anos, intensamente consciente da vacuidade do destino que a espera. Também ela se esforça por esconder a sua inteligência e o olhar demasiado lúcido com que encara sobre o mundo e a elite a que pertence. Esta jovem decidiu suicidar-se no dia em que completasse treze anos. Mas tudo isso mudará com a chegada de um japonês, o senhor Ozu...

Título: A Elegância do Ouriço
Autor: Muriel Barbery
Editora: Editorial Presença


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Arte | Escultura

Os escultores talham materiais duros, como pedra, madeira ou marfim, e modelam materiais moles como barro, com o qual constroem formas em vez de as escavar. Nas esculturas de metal, este é fundido ou soldado. As esculturas em edíficios são relevos - o que significa que se projectam mais (alto-relevo) ou menos (baixo-relevo) a partir do fundo. No passado, o relevo era usado em túmulos, sarcófagos e portas de bronze, contando histórias a três dimensões.

Pedra

O mármore (rocha formada pela recristalização do calcário) e a pedra são muito duros e esculpi-los é fisicamente difícil. Talvez seja por isso que as primeiras estátuas eram estelizadas - mais fáceis de esculpir do que uma obra realista. Os escultores actuais usam as mesmas ferramentas que se usavam no tempo de Miguel Ângelo: cinzéis lisos ou dentados, perfuradoras para abrir sulcos e buracos, martelos e escopros para àreas como as axilas.




O Êxtase de Santa Teresa, Gian Lorenzo Bernini





Noah Binh, (mármore e ardósia), Jean Campiche, 2003



http://www.jeancampiche.com/




Madeira

Tal como a pedra, a madeira é talhada, embora seja menos dura e portanto mais fácil de trabalhar. Algumas madeiras, como a de tília, são particularmente macias e podem ser esculpidas com grande detalhe, daí a popularidade da escultura em tília por volta de 1500 na Alemanha, onde era usada em retábulos. A nogueira e o carvalho são mais díficeis de trabalhar mas resistem melhor à humidade.



William Ricketts





Livio De Marchi, http://www.liviodemarchi.com/





Livio De Marchi



Livio de Marchi





Bronze

As esculturas de bronze, uma liga de cobre e estanho, são em geral criadas a partir da técnica de molde perdido, cujo princípio é o mesmo da obtenção de cubos de gelo. O bronze é fundido e adquire a forma do molde. A partir do século XVIII o molde passou a ter várias secções (os acelos) para poder ser reutilizado depois de removido. Até então, para retirar o molde era preciso parti-lo, portanto cada molde só produzia uma peça.





Henry Moore





Henry Moore



Técnica do Molde Perdido

Para executar um bronze, o escultor faz um modelo da forma desejada. Por meio do método do modelo perdido, o modelo é revestido de cera e depois coberto de gesso. A cera é substituída por bronze fundido. Depois de o bronze solidificar, o molde de gesso é partido. A obra de bronze obtida pode ser alisada e polida.





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Livros | 1147, O Tesouro de Lisboa

Sinopse:
Quando parte com o mais veloz dos cavalos em direcção ao Porto, Raul Santo-Varão tinha em mãos uma missão secreta em nome do rei, D. Afonso Henriques. Os cruzados estavam a caminho da Terra Santa, com paragem em Portugal. Era necessário convencê-los a permanecer e ajudar o rei na reconquista de Lisboa. Os rumores de um tesouro de riqueza incalculável, enterrado nas muralhas da cidade, eram motivo suficiente. Contudo, D. Afonso Henriques, refém das intrigas dos bispos portugueses e dos monges de Cister, tem um objectivo claro: aproveitar a reconquista da cidade para eliminar todos os cristãos moçárabes. É preciso matar em nome de Deus. Raul Santo-Varão é o repórter desta história empolgante, onde a intriga se mistura com a aventura e a morte com o amor. Espião, agente secreto e cronista, Santo-Varão tenta mudar o rumo dos acontecimentos. Mas os dados estão lançados. A 15 de Outubro de 1147, começa a batalha pela conquista de Lisboa.


Título: 1147, O Tesouro de Lisboa
Autor: Paulo Moura
Editora: A Esfera dos Livros

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Arte | Meios Modernos

A explosão de novos meios que teve lugar no século XX obrigou os artistas a repensar a finalidade da arte. Os artistas já não precisavam de reproduzir a realidade, pois os fotógrafos faziam--no melhor do que ninguém, e o cinema chamou a si várias das funções narrativas tradicionais da pintura, como descrever batalhas e tratar temas religiosos ou históricos. A invenção de novos materiais deu aos artistas novas maneiras de trabalhar. O acrílico revolucionou a pintura entre 1950 e 1960 e os plásticos e polímeros levaram a inovações na obra a três dimensões.


Acrílicos

Após séculos de domínio do óleo na pintura, por volta de 1940 surgiu o acrílico. Feito com pigmento, emulsão de polímero acrílico e químicos que controlam textura, estabilidade e durabilidade, os acrílicos podem ser diluídos , como o óleo, com a vantagem de que secam ao fim de umas horas. Podem aplicar-se todos os tipos de superfície, sozinhos ou com outros meios, e funcionam como cola e selante nas colagens. Existem numa diversidade de cores e acabamentos.


Colagem

No ínicio do séc. XX, os cubistas Pablo Picasso e George Braque fizeram da colagem, até então usada em álbuns de recordações, uma forma de arte. Uma colagem é uma imagem compósita obtida colando recortes de jornais, fotografias e outras imagens impressas numa superfície plana, em geral combinadas com tinta. Por definição, a colagem usa uma técnica mista - mais do que uma meio numa só obra. O termo "técnica mista" também designa o emprego de vários tipos de tinta, ou de meio da pintura e do desenho, na mesma obra.

Pablo Picasso

Assemblage

A assemblage é uma espécie de colagem tridimensional. O artista francês Jean Dubuffet criou o termo em 1953, para descrever uma colagem feita com objectos de uso doméstico encontrados, que eleva esses artigos do quotidiano ao estatuto de obra de arte. Num sentido amplo, a designação pode aplicar-se à fotomontagem - imagem - e a ready-mades, como a Fonte de Marcel Duchamp, quadros-vivos e instalações.


Lynne Parks, www.musingrelics.com

Instalação

As instalações são obras tridimensionais destinadas a um local específico. Não são executadas tradicionalmente, mas realizadas a partir de objectos do quotidiano para que o artista as possa montar e desmontar. É importante que a mão do artista não estja vísivel na obra, o que a tornaria uma pintura ou escultura.


Hohes C!, Werner Reiterer


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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Livros | Alice eu fui

Sinopse: Alice Eu Fui é uma biografia romanceada de Alice Liddell, a criança que inspirou o grande clássico da literatura infanto-juvenil Alice no País das Maravilhas. É a primeira vez que a história é contada do ponto de vista irreverente da própria Alice - agora uma octogenária que olha em retrospectiva para o seu passado e reflecte sobre a jornada extraordinária que foi a sua vida para além do País das Maravilhas. Com uma intriga bem construída, esta narrativa explora a natureza elusiva e indecifrável do amor e da sexualidade, presentes na psique humana desde a infância e ajuda-nos, através dos factos narrados, a compreender os assombros e os abismos, as passagens para o outro lado do espelho. História de amor e mistério literário, esta obra entretece com brilhantismo factos e ficção para captar o espírito apaixonado de uma mulher verdadeiramente inspiradora.
, in www.presença.pt




Título: Alice eu fui
Autor: Melanie Benjamin
Editora: Editorial Presença

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Arte | Gravura

Com as gravuras o artista pode reproduzir a mesma imagem. O desenho é impresso sobre uma folha de papel atrás de uma placa metálica, um bloco de madeira ou outra superfície.

Há dois tipos principais de gravura: na gravuras em relevo, como a xilogravura e a gravura de linóleo, as partes do desenho a cobrir de tinta são deixadas em relevo. Nas gravuras em intaglio (encavo) como a gravura a buril e a água-forte, o desenho é inciso sobre uma superfície e a tinta preenche as linhas cavadas do desenho.

Mais recente, a litografia é uma impressão obtida a partir de um desenho feito numa placa de pedra ou zinco coberta de um material gorduroso. A incompatibilidade entre a gordura e a água determina as zonas que recebem ou rejeitam a tinta. A serigrafia é um tipo de stencil em que a tinta é aplicada no papel em baixo.

Xilogravura

Para realizar uma xilogravura, o desenho é transferido para um bloco de madeira. As áreas a deixar em branco são vazadas, ficando o desenho em relevo. O desenho é impresso a negro deixando o resto branco.
A profundidade da cor não pode variar, pois as superfícies em relevo são todas da mesma altura. A madeira tem de ser dura para que as áreas em relevo suportem a impressão e o resultado seja forte e gráfico.



Litografia

O desenho é executado a giz gorduroso sobre calcário ou um material sintético equivalente (hoje usa-se mais o zinco ou o alumínio) Completado o desenho, a pedra é molhada. A água só molha a parte da pedra que não tem gordura.

Um rolo passa a tinta gordurosa pela pedra. A superfície molhada repele a tinta, que adere ao giz e pode então ser transferida para o papel. As gravuras coloridas são feitas passando as cores por diferentes partes da pedra.





Serigrafia

Um aperfeiçoamento da técnica do stencil usada nos têxteis, a serigrafia foi adoptada pelos artistas dos Estados Unidos a partir dos anos 1930.

Estica-se uma tela de seda fina numa grade de madeira, fixa-se uma máscara para produzir o desenho e coloca-se o papel por baixo. A cor passa pelas áreas não abrangidas pela máscara, reproduzindo a imagem, recortada no papel.

Gravura a buril

O desenho é feito directamente na placa metálica. Quanto mais fundo o sulco, mais forte o desenho. A placa é coberta de tinta e depois limpa, ficando a tinta apenas nos sulcos. A placa e uma folha de papel humedecido são passados pelos rolos da impressora. A pressão obriga o papel a aderir aos sulcos e assim a imagem passa para o papel.

Água-forte

Uma chapa de meta é coberta de uma camada de cera ou resina resistente a ácidos, onde o desenho é inciso. A chapa é submersa num banho ácido que ataca as linhas do desenho, tornando-as uns sulcos fundos. A tinta enche então esses sulcos e pode passar para o papel.

Auto-retrato com Esposa, Rembrant, 1636

Rembrant foi um grande artista gráfico além de pintor. As suas águas-fortes mostram as linhas fluídas típicas do meio. O relevo é dado por linhas paralelas cruzadas.

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sábado, 11 de setembro de 2010

Livros | Dalí e Eu, Uma História Surreal

Título: Dalí e Eu, Uma História Surreal

Autor: Stan Lauryssens

Editora: Editorial Presença

Sinopse: Durante mais de uma década, Stan Lauryssens amealhou uma fortuna na qualidade de negociante de obras de Salvador Dalí. Os quadros que vendia eram de proveniência duvidosa, mas em breve Stan descobriria que a mais duvidosa de todas era o próprio Dali. À medida que os anos passavam e ele se aproximava do círculo íntimo do pintor, os bastidores de um mundo onde comércio e conspiração andam lado a lado eram-lhe revelados - assim como os segredos que permitiam a Dalí manter o seu extravagante estilo de vida muito depois de a sua criatividade ter começado a esmorecer…
,in www.presenca.pt



"Dalí era um génio, masturbador e falsificador", Stan Lauryssens em resposta ao I, entrevistado por Vanda Marques.


"Stan Lauryssens foi negociante de arte, enriqueceu a vender Dalís falsos. De nacionalidade belga, tem 63 anos e é o autor do polémico livro Dali e Eu. Foi preso, mas agora partilha segredos da sua 'arte' num livro, que será adaptado ao cinema, com Cillian Murphy a representar o papel de Stan e Al Pacino o de Dalí."

,in Sábado & Correio da Manhã


"Na verdade, cada Dalí é uma falsificação. Ele falsificava os seus próprios quadros. A única coisa que sempre lhe interessou foram carradas de dinheiro", acusa no livro.

, in Correio da Manhã


Recebeu o Prémio Hercule Poirot (Best Crime Fiction) 2002.


Dêem uma vista de olhos nos links que se seguem, referentes a entrevistas com o autor do livro.

"Dalí falsificava as próprias obras..." 15/7/2010, Fonte: Sábado, Jornalista: Helena Viegas

"Dalí era um génio, masturbador e falsificador" 22/7/2010, Fonte: i, Jornalista: Vanda Marques

Pintar o sete 1/8/2010, Fonte: Os meus livros, Jornalista: Teresa Pearce de Azevedo

"Dalí falsificava os seus quadros" 8/8/2010, Fonte: Correio da Manhã

, in http://www.presença.pt/

http://www.dali-and-i.com/

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Arte | Meios sobre Papel

O papel é absorvente mas, ao contrário da tela, não suporta camadas de primário e tinta de óleo. Contudo, é ideal para desenhar com uma variedade de meios, pois é leve e portátil. O papel consiste numa trama de fibras que recebe partículas de chumbo, carvão ou seja o que for que o artista decidir usar. Até o papel que parece completamente liso tem fibras suficientes para fixar os meios utilizados em desenho. Os papéis mais pesados (de gramagem superior) são excelentes para a aguarela, uma tinta de água geralmente aplicada em camadas finas. Dos papéis texturados tira-se partido da sua superfície.

Aguarela

Aplicada em aguadas de cores delicadas a aguarela é transparente e permite ao papel brilhar através dela. É boa para esboços, pois o artista só precisa da rodela de cor (pastilha), água e pincéis. Pode ser usada para obras mais detalhadas deixando secar uma camada de tinta antes de aplicar a seguinte.


Rua Augusta - Lisboa, Paulo Ossião

Pastel

Os pastéis - cilindros ou paralelipipedos de cor ligada com goma ou resina - existem na sua forma moderna há mais de 200 anos. Compram-se já feitos numa diversidade de cores e tonalidades e aplicam-se directamente, em geral a papel de gramagem média (linhas paralelas). Traços paralelos, como nas costas da bailarina do centro, em cima, são uma forma de criar gradações neste meio versátil. As cores podem ser misturadas ou sobrepostas.



Bailarinas Azuis, Edgar Degas, c. 1899

Degas deixou o papel à vista em determinadas zonas, por exemplo para realçar os ombros e os braços das bailarinas. A sua brancura destaca-se no azul predominante. Uma mistura de azuis sobre o papel criou uma área densa e mate de azul nos corpetes das bailarinas.


Lápis Conté

Inventado por Nicolas-Jacques Conté, cientista francês do séc. XVIII, estes lápis podem ser usados de ambas as extremidades para pintar ou, na vertical, para desenhar. O pigmento é misturado com uma substância cerosa ou oleosa, por isso são mais duros e menos frágeis do que o pastel ou o giz. As partículas aderem ao papel e não é preciso pulverizá-las com um fixador à base de resina líquida para mantê-las no lugar.

Giz

Este meio, usado nas pinturas rupestres pré-históricas, atingiu a maioridade no Renascimento, pelas mãos de Leonardo da Vinci e Miguel Ângelo e, mais tarde, do artista barroco Watteau. O giz branco era obtido a partir do calcário, o vermelho da argila e o negro de pedras como o xisto. Hoje, os pigmentos do giz são artifíciais e, quando comprimidos em paus de giz, assemelham-se aos lápis conté e pastéis.

Lápis

Usam-se cilindros, ou minas de grafite - variedade de carbono - encaixados em madeira desde o séc. XVI. Nicolas-Jacques Conté inventou vários tipos de lápis de durezas diferentes, usados magistralmente por artistas franceses como Ingres e Géricault.

Carvão

O carvão, que remonta à Roma Antiga, risca facilmente a superfície de desenho. É pois, muito apreciado para esboços prévios, pois é fácil apagar possíveis erros e a sua impermanência não importa, já que vai ser pintado por cima. As obras a carvão têm de ser pulverizadas com um fixador (resina líquida) para que o desenho resista ao tempo.

Tinta da China

Usada pela primeira vez na China e no Egipto cerca de 2500 a. C., quando se misturou pigmento Negro de Fumo com água, a tinta serve para escrever e desenhar. Pode também ser usada para obras muito detalhadas.

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Arte | Meios e Técnicas

Para obtermos a tinta necessitamos da cor em pó, ou seja, o pigmento que é diluído num meio líquido. O Meio pode ser gema de ovo, óleo, ou apenas água, e depois de seco cola a tinta ao suporte (superfície de trabalho).

Os materiais de desenho são diferentes, pois não necessitam de adição, sendo utilizados secos. Grânulos de pigmento aderem às fibras do papel.

A escultura tem os seus próprios meios: em geral pedra, metal ou madeira, embora hoje em dia se usem muitos mais.
Cada meio é usado de acordo com uma técnica diferente.

Primeiros Meios

Os Artistas na Idade Média e do início do Renascimento só tinham uma opção para pintar os seus quadros: têmpera de ovo sobre madeira.
O tipo de madeira usado dependia das árvores que cresciam na região, o que ajuda os historiadores de arte a determinar o país de origem dos quadros.
Nas pinturas italianas sobre madeira dos séc. XIV ao XVI usava-se mais o choupo. Os artistas flamengos usavam carvalho e os alemães pinheiro, cedro, tília ou carvalho. Também se pintavam murais, criando os frescos tão populares nas igrejas e capelas italianas. Trabalhava-se por encomenda, quase sempre obras com um tema religioso.

Têmpera de Ovo

Vibrante e maleável, a têmpera de ovo é estável, durável e torna as cores fortes. O meio, porém, é o ovo, em geral a gema misturada com água para se obter uma pasta cremosa.
O ovo seca em poucos minutos, de modo que o artista não pode misturar cores à superfície do quadro nem usar o empastamento (tinta grossa).
Tem de sobrepor camadas de tinta usando pinceladas finas lado a lado, para criar a forma. Este meio difícil foi ultrapassado pela tinta de óleo, mas nos ultimos séculos tem sido retomado.




Fresco

O artista reproduz o cartão (plano detalhado do desenho) sobre a parede e aplica o pigmento misturado com água directamente sobre o gesso húmido, daí a designação de "fresco".

A parede é dividida em secções e depois pintada. Quando o gesso seca, o fresco fica integrado na parede e dura enquanto durar. Os artistas podem pintar sobre paredes secas, o que é mais fácil, mas a tinta acaba por escamar porque não ficou incorporada no gesso.
O fresco só é praticável em climas secos, como o da Itália, pois a humidade danifica o gesso.


Óleo


Nos quadros a óleo utiliza-se como meio um óleo vegetal que seca naturalmente quando exposto ao ar - o azeite não serve. O óleo de linhaça é o melhor e mais usado, embora o óleo de noz fosse comum na Itália do século XVI e o óleo de sementes de papoila na Holanda e na França dos séculos XVII e XIX.

A introdução da tinta de óleo facilitou a vida aos pintores e em meados do século XVI o novo meio substituía a têmpera de ovo. A tinta de óleo é fácil de trabalhar e o pintor pode criar uma variedade de acabamentos. Os venezianos começaram a pintar sobre tela, um suporte mais leve que também se tormou muito popular.


As tintas de óleo podem ser transparentes ou opacas. O artista aplica finas camadas de tinta, deixando secar cada uma antes de aplicar a camada seguinte, a fim de obter camadas complexas, luminosas, de cor translúcida. Jan van Eyck criou um método muito pessoal, que consistia na sobreposição de camadas de tinta transparentes, muitas vezes sobre um fundo opaco de têmpera.


Homem com Turbante Vermelho, Jan van Eyck, 1433




Preparação de um quadro a óleo

Como para a têmpera de ovo, o suporte, seja ele a madeira ou a tela, tem de ser preparado antes de ser pintado. Camadas de gesso-de-paris ou giz misturado com cola animal criam um fundo macio e absorvente, que pode ser selado para evitar que posteriores camadas de tinta nele se infiltrem.

Os quadros a óleo são geralmente acabados com verniz, o que torna a cor mais intensa. O verniz escurece com o tempo, durando menos do que a tinta por baixo.



Fusão imperceptível

"Toda [a pintura a óleo] exige do pintor cuidado e amor, pois o óleo já de si possui a qualidade de tornar a cor mais leve, suave, delicada e fácil de harmonizar e sombrear" escreveu o teórico italiano Giorgio Vasari em 1550, entusiasmado com o meio. Um dos prazeres da pintura a óleo é que o artista pode pintar à vontade em toda a superfície do quadro, o que não sucedia com a têmpera nem o fresco, já que nos dois casos a obra tinha de ser pintada por secções. Os óleos podem misturar-se à superfície do quadro, passando-se de uma cor para outra sem que se vejam marcas do pincel.




Óleo sobre cobre

Uma placa de cobre é sólida, desde que seja pequena, e oferece uma superfície plana e não absorvente. É ideal para pintar detalhes com cores luminosas e um contraste forte entre o claro e o escuro. Alguns pintores, como Elsheimer, especializaram-se na pintura sobre cobre.

Ceres e Estelião, Adam Elsheimer, c.1600

Pintar com Espátula


A tinta de óleo é geralmente diluída em terebentina ou outro solvente que não a água (a água e o óleo não se me misturam), tornando-se mais fácil de trabalhar. O diluente também ajuda a tinta a secar mais depressa. Contudo, o óleo pode ser usado muito espesso, sem ser diluído, numa técnica conhecida por empastamento. Os mestres reservavam o empastamento para pontos de luz claros, opacos, mas os pintores modernos gostam de usar a tinta muito espessa.

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Livros | O Ladrão de Arte

Mais uma sugestão Literária.


Desta feita um excelente enredo do director-fundador da Association for Research into Crime against Art (ARCA), a primeira organização internacional do género. Se quiserem saber mais: http://www.artcrime.info/ ou http://www.noahcharney.com/




Título: O Ladrão de Arte
Autor: Noah Charney
Editora: Civilização Editora
Sinopse:
Roma: Na pequena igreja barroca de Santa Giuliana, uma obra de Carvaggio desaparece sem deixar rasto.
Paris: Na cave da Sociedade Malevich, a conservadora Geneviéve Delacloche fica chocada ao reparar que o grande tesouro da sociedade desapareceu.
Londres: Na National Gallery of Modern Art, a última aquisição é roubada apenas algumas horas depois de ter sido comprada por mais de seis milhões de libras.
Em O Ladrão de Arte, três roubos são investigados em simultâneo em três cidades diferentes, mas estes crimes aparentemente isolados têm muito mais em comum do que se possa imaginar...
Repleto de pormenores históricos fascinantes, diálogos intrigantes e um enredo enigmático, este primeiro romance de Noah Charney é sofisticado, elegante e tão irresitível e multifacetado como uma obra de arte.
Uma obra cheia de conhecimento em história da arte, ideal para apreciadores e não-apreciadores do tema.
Enjoy it!